domingo, 29 de outubro de 2017

CONVERSA PRA BOI DORMIR

Bom dia e bom domingo para todos.
Cá pros lados do sertão
O céu está estrelado
Com luar crescente
Apareceu de repente
Um gato pingado
Cheio de mimi
E todo arrepiado
Igualzinho a um fantasminha
E andando um pouco capenga
Mandou a senhorinha fazer
Um chá de catenga
Misturado com aguardente
Pra ele ficar curado
Dizendo que aquilo
Não era conversa pra boi dormir
E quando vi aquela cena
Ligeiro corri pra avisar
Do Brasil ao estrangeiro
As bruxas e os bruxos
Residentes no lugar
Pra pegarem as vassouras
Botarem um chapéu bicudo
E voarem pra AVAL
Porque agora em outubro
Haverá um lindo sarau
Com o tema halloween
Embora com o pé inchado
Vou vestir a fantasia
Pra dançar um xaxado
Até o raiar da aurora
Sem pensar no coração!

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 27/10/2017.
Cadeira 24
Patrono: Luiz Vaz de Camões.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O FLERTE DA COTOVIA

Saiba viver e aproveitar os bons momentos...Bom dia.
Devotei em pensamento
Daquele tempo vivido
Sentimento além-mar
Crescer por ti meu querido
Procurei em algum lugar
Desenhar um coração
Nele cravar um beijo
Esquecer a separação
Até um dia tu retornar
Mas parei ao ver e ouvir
Na noite de calmaria
O canto da cotovia

Cheia de graça e beleza
Numa paixão ardente
E por demais caliente
Flertando com o verbo AMAR
Em plena natureza
E numa serena alegria
Comparei com o que sabia
Sem deixar transparecer
Que ali havia um problema
Brotou no rosto um sorriso
Pelo simples jeito de ser
Daí bastou conferir
O dilema da conjugação
Foi assim que na raça ela gritou
EU amo meu bem querer
TU não duvidas que eu saiba
ELE pode não entender
Mas NÓS amamos um ao outro
VÓS dizeis que é mentira
ELES talvez desconheçam
A sua veracidade
Pois sem ti não tem carinho
Essa é a grande verdade
Se vier pro meu ninho
Vou te pegar de jeito
Descansar no teu peito
Teu belo rosto acariciar
Aí vi a coisa desandar
Saí foi no improviso
Pra não ser testemunha
Nem de Jeová da praça!

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 26/10/201
Cadeira 24
Patrono: Luiz Vaz de Camões.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

SÓ NA MINHA IMAGINAÇÃO


Escrevi este poema em 11/02/2013, e ele é dedicado para todos aqueles que um dia tiveram os seus sonhos desmoronados...Bom dia.
Morte, morte me leva
Me leva sem piedade
Porque pra vida estou morto
Não tenha qualquer bondade
O sonho se espatifou
Como jaca e melancia
Não precisa ser formado
E nem mesmo ser um doutor
A palavra tem mais valor
Do que você e uma gia
Se alguém pudesse ver
Os meus olhos nesse instante
Não veria outro rompante
Só ódio, fogo e carvão
Desprezo doendo o peito e a alma
De um dia ter sido enganado
Por alguém sem coração
Se todo (des)humano tivesse
Cabeça, juízo e noção pensaria
Antes de magoar um grande amor
Todos sabem que é preciso
Ter alguém por perto
Pros nossos sonhos e as tristezas
Que o tempo nos trouxe
Quando acordamos
É mais um ao lado
Pra dar força a esperança hoje
Não precisa ir longe
Reconstrua a paz
Mas de que adianta ter sentimento
Se o grito sai do peito
Explodindo feito um jumento!
A mentira tem pernas curtas
A verdade, sim, permanece
Um dia quem se esconde aparece
Fica com a cara no chão
Mexendo sem ter palavras
De um dia ter magoado
A quem não merecia
Queria apenas um troféu nas mãos
LUTA, diz o guerreiro
MARCHA, segue sem tino
ESPADA EMPUNHADA, AVANTE!
Mas falando não é nada
Cala e não tem coragem
Esta, sim, deixa uma margem
Nas mãos do seu companheiro
Saudades eu tenho, não nego
Com toda sua grandeza
Só na minha imaginação
De ouvir tanto palavreado
E de um dia ter sido enganado
Por alguém sem coração
Vem perguntas sem respostas
Cobrança, raiva, desespero, aflição
Uma overdose de humilhação
Amigo, veja o que digo na tua frente
Guardes bem contigo esta semente
Hoje lhe deixo trancafiado
E a estrada é sombria
Cansado de ouvir tanta hipocrisia
Tudo isso me deixa arrepiado
Mas se um dia fui humilhado
Pagarás sem perdão
O céu amanheceu triste
Calado e sem luz
A noite chegou ligeiro
Sombria no meu sertão brasileiro
Porque um dia fui enganado
Por alguém sem coração.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 24/10/2017
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

NO REVERSO DA TRISTEZA

Ocupe a mente com pensamentos positivos! Bom dia e boa semana!
Interessante é a vida
Cheia de surpresa e sabedoria
Nela mora a alegria
Plantada na natureza
Margeando a poesia
No reverso da tristeza
Tem rompante todo dia
Deixando um gosto amargo
Com as lembranças do passado
Porém num instante
É tudo tão natural
Voltado para o pensamento
É prosa e verso cantadas
Na ausência e na presença
É sonho do sonho dourado
Sonhando um sonho acordado
Falando fala o que sonha
Sentindo sente e escreve
Assim como quem nada quer
Sendo homem ou mulher
Desabafa o sentimento
Guardado com ardor
Vai queimando lentamente
Na alma daquela imagem sem fim
Feita do amor partilhado
Sendo o que sempre foi
O antes e o durante
Conjugados com o depois
Serão aproveitados por igual
Na própria linha do tempo.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 23/10/2017
Cadeira 24
Patrono: Luiz Vaz de Camões.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

CORRENTES DA FANTASIA

Liberte-se das correntes e voe alto no sonho da poesia!
Com a poesia no ar
Não tem jeito
O poeta escreve momentos
Vivendo num tempo de glória
Incendiando os sentimentos
Reprimidos na história
E no raiar do dia
A garça toda contente
Agradece a alegria
De poder colaborar
Na harmonia da aurora
Pois há tantos beijos
Em meio á calmaria
Tantos olhos que não vejo
Nos desejos tantos zens
Tantos bens de sentinela
Da donzela que suspira
Debruçada na janela
Pintada de cores
Sonhando com os amores
Para libertar as correntes
No presente poetar
Da fantasia guardada no peito.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 20/10/2017
Cadeira: 24
Patrono: Luiz Vaz de Camões.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

FLOR DO SERTÃO

Saiba regar o jardim a fim de que ele floresça...Bom dia!
Bendita flor do sertão
Pequena e tão singela
Que de espinho está cercada
Enfeita a janela
E serve de alento
Para a alma atormentada
Causada pela distância
Levando no peito o lamento
Daquele triste sorriso
Mas cheia de viva cor
Exala ao vento o perfume
E no coração do tempo
Embala discretamente os dissabores
Das dores sofridas
Pela ausência dos amores
Sem mágoa e nem rancor
De quem saiu sem as regar
Deixando-a secar de agonia
Pois o que o outro queria
Era se livrar do problema
Sem saber que deixou um dilema
Para alguém o desvendar
Porém se aquele bordão não tivesse
Abandonado a navegação
Com ar de superioridade
Hoje estaria guardado
Com toda supremacia
E na sua hegemonia
Não se sentiria desprezado
Por alguém que nunca amou
E nem tão pouco sentiu prazer
De gemer sem sentir dor.

Acadêmica Maria José da Conceição, em 18/10/2017
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

SERTÃO ENCANTADOR

Sem demagogia, a poetisa responde com alegria, bom dia!
De várias partes do Brasil
Perguntaram a poetisa
Se ela sabia dizer o que tem
Na região norte
Do Estado de Alagoas?
Ela assim respondeu que
Quem vem do sul ou do sudeste
Do sertão ao litoral
E passa pelo Nordeste
O coração do viajante
Cabra da peste de primeira
De bobeira pulsa forte
Repleto de alegria
Ao ver a beleza colossal
E a paisagem exuberante
Imperando na natureza
Ao descer a Serra das Pias
Pois segundo a pesquisa
Há um porto de água
Navegante por estar
Entre as pedras e o rio
Desaguando para o mar.
Foi ali que ela nasceu
Porém não se criou
Viajou para o agreste
Terra de gente das boas
Porém comeu o pão
Que o diabo amassou
Pra poder sobreviver
Com muita valentia
Se juntando a outra enchente
Faça chuva ou sol ardente
Mantém um sorriso acolhedor
Até nas noites de luar
Dando gosto de se ver
A alegria estampada no rosto
Sabendo esconder a tristeza
Sem causar dor por onde passa.
Ao mesmo tempo sente-se
Um relevo na hidrografia
Tendo um clima tropical
Escrito na geografia
Aqui todo mundo é igual
Pode ser no serviço braçal
Ou ter diploma de doutor
E se olhar direito
Pode crer que no terreiro
Não falta a galinha
E nem ovo no galinheiro
Galo com pinta de marinheiro
Com gogó bem afinado
E pra acordar o povo inteiro
Canta quem nem um danado
Tem vasto pasto pro gado
Feijão verde no roçado
Milho seco pra ralar
Sem falar que de manhazinha
O leite quente é retirado
Pro menino ficar alimentado.
Tem peão aboiador
Quando monta o alazão
Fica igualzinho ao seu avô
Pegando carneiro e cabrito
Apenas com um grito
Tem ave de arribação
Colorindo o céu azul anil
Violeiro e instrutor
Forró e forrozeiro
Pra dançar vendo um cantor
Na praça bem revestida
Água encanada de montão
Mas não se engane
Porque no verão
Tem uma seca lascada
No sertão encantador!

Acadêmica Maria José da Conceição, em 16/10/2017.
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

TUDO PARECE AQUARELA

FELIZ DIA DA CRIANÇA!
Preparei na calçada
Uma casinha de boneca
E dei de presente
Pra menina sapeca
E bem aplicada
Brincar contente de cirandinha
Depois ela fará comidinha
Embaixo do batente
Pois no sorriso da criança
Não se vê choro e nem vela
Tudo parece aquarela
No brilho do seu olhar
E no reino do faz de conta
Ela apronta bonitinho
E ficamos a gargalhar
Do passado vem na lembrança
Quando se era menininho
Juntava os amiguinhos
Pra jogar bola e petecar.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 02/10/2017.
Cadeira 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

CRIANÇA ADORMECIDA

Feliz dia para a criança do ontem, do hoje e do amanhã, força!
Acredite na força que tem
Sente num banquinho
E retire do peito a tristeza
Liberando a criança adormecida
A qual se encontra esquecida
E presa como passarinho
Habitando dentro você
Deixe que ela exista
Sonhando e resplandecendo de alegria
No verde campo da terra
Imperando na natureza
Pois não tem jeito
E não é defesa
O caminho da solidão
Então deixe que a magia das flores
Sejam mais flores todo dia
No botão que desabrocha
Encantando a poesia
No coração dos amores!

Acadêmica Maria José da Conceição, em 11/10/2017.
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

SEM PENSAR NO AMANHÃ

Te esperarei, seja aqui ou do outro lado!
No verão primaveril
As folhas secas que caem
Daquela árvore frondosa
Beijam com presteza
As cores do coração
Adubando a natureza
Que estava adormecida
E no resgate da vida
Ó tempo dizei
Se em cada linha aqui escrita
Num cair e levantar
Aquelas pedras benditas
Deixarão de rolar
Para que eu possa acreditar
Num novo amanhecer
Sem tristeza no olhar
Já cansado de sofrer
Pois na estrada empoeirada
Cavalguei em disparada
Sem pensar no amanhã
Mergulhei com sentimento
Numa linda canção
Levando-te em pensamento
Nos lugares que passei
Então saibas que te esperarei
Atentamente ao redor do mar
E longe de toda gente
Porque a água continua serena
Nos mistérios da alma
E repleta de atitude
Nos papiros da virtude!

Acadêmica Maria José da Conceição, em 09/10/2017.
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

domingo, 8 de outubro de 2017

SENHOR EU TE AGRADEÇO

Senhor eu Te agradeço
Cheia de emoção
Do nascer ao por do sol
Pela manhã tão bela
No poder de abrir os olhos 

E enxergar da janela
A natureza resplandecente
Num lindo versejar
Pelos ouvidos aguçados
O pulsar do coração
Na vertente do sangue
Passeando nas artérias
Pelos rios e mares
Lagoas e oceanos
Enseadas e lugares
Conhecidos até demais
Pelos morros ancestrais
Dos pais que Me deste
Nos momentos vividos
Nos braços acolhidos
Repletos de amores
Pelas flores do campo
Desabrochando todo dia
Misturando suas cores
Pela vida nas águas
Com peixes multicolores
Nos ares a passarada
A voarem contentes
Na sabedoria das mentes
Afastando as dores
Pelos animais terrestres
Que retiram a solidão
Harmonizando os lares
Com carinho e afeição
E ao anoitecer
Dá gosto de se ver
Sob a luz do luar
Violeiro e violão
Animando toda gente
Com canto e poesia
No céu os anjos tocam harpas
Os arcanjos não ficam atrás
Pois batem nos tambores
Glorificando o Teu nome
Para sempre com alegria.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 08/10/2017.
Cadeira 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A TRAMA DO TEMPO

O que te confiei com emoção
Meu coração não cansa de falar
Que já é noite dentro de mim
E logo mais ressurgirá a aurora
Na distante madrugada
Abro a porta devagar
Ouço a multidão na calçada
A dizer que o gigante 

Perdeu-se no tempo
De repente o espaço escureceu
Neste céu nebuloso
Pois tudo estava tramado
E na viagem sem volta
O vento encarregou-se 
De levar-te para o outro lado
Sem nenhuma explicação
Eu não queria 
Ser um encosto na tua vida
Isso dá desgosto por não entenderes
Da armação do barraco
O meu corpo tornou-se um caco
E nunca mais será viçoso
Por causa da minha rebeldia
Mas eu nunca desisti de ti
A tua voz continua vibrante
Nas plaquetas da sabedoria
O meu ouvido capta o som
Que trago guardado na memória
Mesmo que eu tente gritar forte
Não há força suficiente
Para dizer que valeu a pena
Um dia ter vivido cada momento
Ao teu lado meu amado
Peço-te que devolvas o luar
O qual se foi quando partistes
Devolve-me as manhãs ensolaradas
Pois os meus dias estão tristes
Devolve-me o brilho do olhar
Porque ele continua opaco
E o meu sorriso já não existe!

ACADEMIA VIRTUAL DE ARTES LITERÁRIA
Cadeira 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.
Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 05/10/2017

AS TRAQUINAGENS DO JOÃO

Homenagem ao mês da criança...Bom dia.
João de barro é um passarinho
Que levanta muito cedo
Passa o dia exposto ao vento
E de graveto em graveto
Que trás no bico amarradinho
Constrói a tempo uma casinha
Sua cama é bem fofinha
E ao invés de arrumar
Faz uma linda baguncinha
Deixa tudo de pernas pro ar
Porque tem a vovó Joaninha
Pra botar tudo no lugar
Ela começa a reclamar
Ele diz, eu vou casar
Pra senhora descansar
E tudo isso vai passar!

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 09/02/2017
Cadeira 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES!
É de ficar admirado
Com isso que aconteceu no passado
Mas de bom grado contarei
Que Geovanni di Pietro di Bernardone
É italiano da gema
Pois nasceu lá para os lados de Assis
E na catedral de São Rufino
O menino fora batizado
De família nobre e mesa farta
Dizem que na juventude
Divertiu-se para valer
Não combateu na guerra
Porque duramente adoeceu
E como um risco de giz
Da poeira foi um cisco
Jogando tudo para o alto
Começando a sua travessia
No conhecimento da vida religiosa
Tornando-se um homem de luz
Na mais completa pobreza
Distribuindo a sua riqueza
Para quem mais precisava
Seguindo os passos de Jesus
O Homem que ele adorava
E nos lugares que passou
Só pregou a humildade
E muito mais do que isso ele fez
Acolhendo os animais
Virou o seu protetor
Assim cumpriu a profecia
E tudo o que Deus lhe ensinou
Tratou de executar com o coração
Eis aí, São Francisco de Assis.

Palmeira dos Índios, 04/10/2017.
Acadêmica Maria José da Conceição (Mj)
Cadeira 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

POMAR DA OUSADIA

As pessoas entram e saem num vai e vem, pois ninguém é de ninguém...Boa semana.
Nunca te vi pessoalmente
Mas de uma coisa garanto
Descobri a sinceridade

E enxugaste o meu pranto
Com teu jeito de chegar
De te expressar abertamente
Falando discretamente
E cheio de respeito
Para a dama da sociedade
Soubeste chegar de mansinho
Como quem não quer nada
E num instante fizeste
Uma teia de aranha traçada
Este coração sofrido disparou
Ficando dilatado de alegria
Tornando-me tua amada
Por isso carrego comigo
Para todo canto que eu vá
A tua fotografia gravada
E afixada na mente
Faça chuva ou sol ardente
És tu que estás nos meus sonhos
Do meu lado a me abraçar
Não sei se sentes o carinho
Mas é verdade o que digo
E disso não me envergonho
Porque não gosto de teoria
E nem tão pouco de teorema
Por isso te chamo à razão
Para a mais bela magia
Que sai desse poema
E aqui deixo a semente
Da mais pura poesia
Retirada da natureza
No pomar da ousadia
E em cada piscar do sol
Vemos os raios encantadores
Todo dia nos envolvendo
Nos braços acolhedores
Da paz e da harmonia
Que brota do coração
Então te proponho
Meu adorado senhor
Não te afastes de mim
Porque neste belo jardim
Realmente existe amor.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 02/10/2017
Cadeira 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

domingo, 1 de outubro de 2017

NINGUÉM NASCE ENSINADO

Aos poucos vamos aprendendo o que a vida tem para nos ensinar...Bom domingo.
Ao lado daquela tapera
João de Barro é morador
Construiu sua casinha
Embaixo do arvoredo
Vizinha a Dona Alfredina
Esposa de Zé Alfredo
E pra contar história
Ela é fera sim senhor
Diz que desde menina
No Nordeste se criou
Sapeca e bem saliente
Acocorou-se no terreiro
Com o coração sossegado
Num sol quente de rachar
E o povo da freguesia
Ligeiro se aproximou
Começou a chegar gente
Até de outro país
Todo mundo querendo ouvir
Um causo que aconteceu
Pros lados do vinhedo
Foi assim que ela contou
E que fique bem registrado
A festa que vi por lá
Tinha um homem sentado
Cabra da peste gigante
O outro em pé a cantar
Com seu gogó afinado
Sabiá pousou no meio
Um pouco desconfiado
Bem te vi não sei se ouviu
Mas de repente pulou
Com seu grito estridente
Olhou de lado e falou
Alegria meu rapaz
Não quero ver você triste
Vamos observar a cantoria
Pois a magia da viola
E do repente quem resiste
Sem falar que aqui tem paz
Muita luz e harmonia
E quando isso terminar
O sonho dourado lhe espera

É como o velho ditado
Nunca pense em desistir
Porque ninguém nasce ensinado!

Palmeira dos Índios, em 28/09/2017.
Acadêmica: Maria José da Conceição
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões