quarta-feira, 18 de outubro de 2017

FLOR DO SERTÃO

Saiba regar o jardim a fim de que ele floresça...Bom dia!
Bendita flor do sertão
Pequena e tão singela
Que de espinho está cercada
Enfeita a janela
E serve de alento
Para a alma atormentada
Causada pela distância
Levando no peito o lamento
Daquele triste sorriso
Mas cheia de viva cor
Exala ao vento o perfume
E no coração do tempo
Embala discretamente os dissabores
Das dores sofridas
Pela ausência dos amores
Sem mágoa e nem rancor
De quem saiu sem as regar
Deixando-a secar de agonia
Pois o que o outro queria
Era se livrar do problema
Sem saber que deixou um dilema
Para alguém o desvendar
Porém se aquele bordão não tivesse
Abandonado a navegação
Com ar de superioridade
Hoje estaria guardado
Com toda supremacia
E na sua hegemonia
Não se sentiria desprezado
Por alguém que nunca amou
E nem tão pouco sentiu prazer
De gemer sem sentir dor.

Acadêmica Maria José da Conceição, em 18/10/2017
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário