domingo, 1 de outubro de 2017

NINGUÉM NASCE ENSINADO

Aos poucos vamos aprendendo o que a vida tem para nos ensinar...Bom domingo.
Ao lado daquela tapera
João de Barro é morador
Construiu sua casinha
Embaixo do arvoredo
Vizinha a Dona Alfredina
Esposa de Zé Alfredo
E pra contar história
Ela é fera sim senhor
Diz que desde menina
No Nordeste se criou
Sapeca e bem saliente
Acocorou-se no terreiro
Com o coração sossegado
Num sol quente de rachar
E o povo da freguesia
Ligeiro se aproximou
Começou a chegar gente
Até de outro país
Todo mundo querendo ouvir
Um causo que aconteceu
Pros lados do vinhedo
Foi assim que ela contou
E que fique bem registrado
A festa que vi por lá
Tinha um homem sentado
Cabra da peste gigante
O outro em pé a cantar
Com seu gogó afinado
Sabiá pousou no meio
Um pouco desconfiado
Bem te vi não sei se ouviu
Mas de repente pulou
Com seu grito estridente
Olhou de lado e falou
Alegria meu rapaz
Não quero ver você triste
Vamos observar a cantoria
Pois a magia da viola
E do repente quem resiste
Sem falar que aqui tem paz
Muita luz e harmonia
E quando isso terminar
O sonho dourado lhe espera

É como o velho ditado
Nunca pense em desistir
Porque ninguém nasce ensinado!

Palmeira dos Índios, em 28/09/2017.
Acadêmica: Maria José da Conceição
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões

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