quarta-feira, 31 de outubro de 2018

DESEJARIA SER POETA

Feliz Dia Nacional da Poesia a todos, boa noite!
Vi plantada no quintal,
Uma semente de ipê,
Peguei lápis e papel
E escrevi para você.
Porque desejaria ser poeta,
E descrever com emoção,
A maestria jovial,
Que existe na poesia.
E neste céu resplandecente,
A alma geme de alegria,
Ao olhar para o nascente,
No raiar de um novo dia.
Pois muito além do infinito,
No pomar da fantasia,
Uma estrela brilhou,
Sob a luz do sol ardente.
E com seu brilho especial,
Ressurgiu a inspiração,
Inundou a natureza,
E acalmou o coração.

Mj, em 30/10/2018.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

ESTRELA SOLITÁRIA

Quando sentir a mente cansada, pare, respire fundo e reflita...
Caminhei sem destino certo,
Divagando na estrada,
Sem ter ninguém por perto,
Apenas eu e o luar.
Fechei os olhos e a mente,
E comecei a imaginar nesse ser,
Que aparece quinzenalmente,
Num cantinho do firmamento,
Com imenso brilho no olhar,
Anunciando uma nova era.
Estou a falar de ti,
Ó estrela solitária e bela,
És querida em toda dimensão,
Pois com essa mudança radical,
Distingues tranquilamente a emoção,
De flutuar no espaço sideral,
E até a alma entristecida,
Sente-se imensamente fortalecida,
Ao ver o lindo bailado no céu!

Mj, em 29/10/2018.

sábado, 27 de outubro de 2018

EU TE AMO

Uma simples frase dita com carinho, encanta a alma de quem escuta...
No topo das árvores,
Os pássaros festejam alegremente
A chegada do luar,
Que aparece resplandecente,
No espaço sideral,
Encantando-se com o bailado das estrelas,
Reunidas em assembleia geral,
Deixando todos maravilhados
Com aquela apresentação,
Enquanto o sino toca ao longe,
Calmamente as doze badaladas
Para o recolhimento do corpo,
Anunciando que é hora de descansar,
E recuperar as energias,
Mas ao retornar ao nosso ninho,
Encontro-te todo espalhado,
Esquentando o meu cantinho,
No leito de sedução.
Paro e espreito-te na noite,
Velo teu sono sagrado,
E ponho-me a chorar de alegria,
Ao ver-te dormir sossegado,
Então deito ao teu lado,
E no raiar do dia,
Minha alma acorda contente,
Ao ouvir-te dizer baixinho,
Je t’aime, mon namour,
Com um buquê de flores nas mãos,
Daí, respondo-te com carinho,
Que te amo em português,
E do inglês ao Japão.

Mj, em 27/10/2018.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

POTINHO DE FULÔ

Nada passa despercebido, pois porta tem olho e parede tem ouvido...bom fim de semana.
Nascido no sertão,
Residente no nordeste,
Filho de “cabra da peste”,
Com grande satisfação,
Viu o chão amarelado,
Sem germinar a semente,
Por causa do sol ardente,
Atravessou enorme ponte,
E vai buscar água da fonte,
Pra aguar a plantação,
Pois ao lado da casinha,
Construída no roçado,
Havia um pequeno jardim,
E nele fora plantado,
Um bonito roseiral,
Espalhando seu aroma,
Da porteira até o quintal,
De um cachinho de fulô,
Que pra ele olhou murchinho,
E despencando do jardim,
Correu atrás do seu amor.
O cachinho de fulô,
Apaixonado pelo jasmim,
Não passou despercebido,
Fincou os olhos no escurinho,
Observando com jeitinho,
Os ouvidos do matinho,
Balançando no infinito,
Então o trouxe para o jardim,
Amenizando a forte dor,
Do seu nobre coração,
E do seu velho desgosto,
Ele fez um carnaval.

Mj, em 26/10/2018.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

OUÇA-ME

O poeta e a poesia são eternos namorados, bom dia!
Ouça-me com cautela,
Que o assunto em tela,
Pode até ser engenhoso,
Mas é pura realidade.
Eu não quero ser dengoso,
Ao descrever o que vivi,
E com vasta atenção,
Eu ouvi o som do mar,
No barulho das ondas,
A ondular calmamente,
Batendo nos rochedos.
Sentindo a maresia,
Parei para meditar,
Conhecer a natureza,
Desvendar seus segredos,
Antes nunca revelados.
Chegando a conclusão,
Que o poeta e a poesia,
Andam sempre em harmonia,
Não sei se nasceram juntos,
Ou em dias separados,
Só sei que eles são casados,
Pois ao chegar a este mundo,
Os dois já existiam.
Basta ver com alegria,
Que a mente do poeta,
Além da fertilidade,
Finge até que está doente,
Mas quando planta a semente,
Nasce um cacho de flor,
Seu coração bate contente,
E sai distribuindo amor,
Serenidade e paz,
Com muita facilidade.
E nas palavras sucintas,
Através da pena bendita,
Os versos que ele escreve,
Do nascer ao por do sol,
Serve para toda gente,
Espalhada no universo.
Pronto, parei,
Agora é a sua vez de argumentar!

Mj, em 24/10/2018.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

OUTROS NINHOS

Viver um dia de cada vez, devagar e sem pressa, essa é a mais pura realidade...ótima semana.
Enquanto passeio na estrada a matutar,
Pensamentos outrora esquecidos,
Ouço meu grito ecoar retumbante,
Nos braços do amante da natureza,
Festejando o nascimento certeiro,
Que cresce a cada instante,
Do Brasil ao estrangeiro,
No universo reluzente.
E nas palavras que escrevo,
Confiante e sem cessar,
Eu sigo avante caminhando,
Sorridente e feliz,
Pisando em águas claras,
Num cantinho do sertão,
Vendo a flor de lis desabrochando
Pertinho do céu anil
Simbolizando a pureza
Da essência do amor.
Então não há como me enganar,
Porque sinto brotar a semente
Dentro do meu coração,
Ela nasce devagar e com carinho,
As pétalas se espalham
Em outros ninhos,
Na morada dos passarinhos,
Suspirando e se inspirando
Sem tristeza em alto mar,
Chamando-me a realidade
Dos sentimentos vividos,
Porém nunca realizados.

Mj, em 21/10/2018.

sábado, 20 de outubro de 2018

SER POETA

Ser poeta é ter o prazer
De observar com o coração,
E a alma dileta do ser,
Fica carregada de mistérios;
É escrever de cima para baixo nas entrelinhas,
Ou de baixo para cima de carreirinha;
É brincar com as palavras,
E não ter medo de errar;
É ter liberdade de escolher a ideia,
E no tempo a introdução;
É ter ação iniciadora crescente,
Onde o conflito é resolvido,
E chegar a conclusão
Dos sentimentos estendidos.
Assim diz o poeta,
No seu versejar contente,
Que poesia é tinta que se extrai,
Do pensamento nobre e voraz,
Ao ver o sorriso espalhado em cada rosto,
Guarda-se com gosto na mente e no peito,
Porque ela é uma tática neste céu absoluto,
E se não for desse jeito,
Não há brilho e nem magia no sonhar.
Basta olhar a boca fechada,
Mas no canto dos olhos,
Existe a gargalhada gostosa,
E espalhada nas esquinas da vida,
No abraço apertado do amigo,
Ou do amante apaixonado,
Semeado igual semente,
Para brotar no raiar do dia!

Mj, em 20/10/2016.

DIA DO POETA

Parabéns heróis da escrita! Bom dia e bom fim de semana. Um abraço.
20 de outubro,
Dia do Poeta brasileiro,
E do estrangeiro também,
Então deixo os meus parabéns,
Porque ele é o construtor,
Engenheiro e o arquiteto
Do próprio sentimento,
Que geme sem sentir dor!
Mj, em 20/10/2018.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

AGUARDE E CONFIE

O tempo vai melhorar, eu acredito! Bom fim de semana.
Relaxe o corpo e a mente,
Para a retirada dar dor,
E deixe florir a semente da certeza,
Na pureza do universo,
Pois nela existe amor.
E num romantismo constante,
Dos versos instrumentais,
Tão suaves como a natureza,
Divague pensamentos soltos,
Mesmo de um jeito torto,
Os sentimentos adormecidos,
E guardados no coração,
Serão acordados para a vida,
Num verdadeiro sentir
Do beija-flor na roseira,
Plantada na janela,
Ou na soleira da porta,
Não importa as linhas paralelas
Existentes na casinha amarela,
Porque o sol brilhará,
Sem resistir ao encantamento
Do novo porvir,
Mas para que isso aconteça,
Basta acreditar urgentemente,
Sem quebra-cabeça,
Que o tempo há de melhorar.
Aguarde e confie!

Mj, em 14/10/2018.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

CAMINHO LIVRE

Não há dinheiro que pague a suavidade do sorriso no teu rosto...Boa tarde a todos.
Após visitar o jardim,
Bonito por dentro e por fora,
Plantado ao romper da aurora,
As flores se consagraram,
Por este mundo sem fim.
A chuva lavou direitinho,
O lago de águas barrentas,
Ele ficou tão limpinho,
Que a vida ali aflorou.
E a dor que estava em meu peito,
Sem jeito se debandou,
Deixando o caminho livre,
Para implantar o amor.
Foi assim que senti vontade,
De falar-te com sinceridade,
E sem nenhuma falsidade,
Que em nome da nossa amizade,
Hei de amar-te nesta vida,
E por toda a eternidade,
Não importa a idade,
Hei de querer-te sorrindo,
O sorriso de felicidade.
Hei de beijar-te no rosto,
E com gosto de liberdade,
Hei de acordar-te com jeitinho,
Dando-te muito carinho.
Ao retornares da cidade,
Hei de esperar-te na porta,
E abraçando-te correndo,
Direi que estou com saudade,
De tudo que nós vivemos.

Mj, em 15/10/2018.

domingo, 14 de outubro de 2018

LUA NOVA

A vida se renova em cada romper da aurora! Boa semana a todos. Um abraço.
A lua quando é nova,
Sinal que a vida se renova,
E o céu todo nublado,
Observa o claro da rua,
Silenciosa como a natureza,
Florindo numa garbosa beleza.
Os pássaros revoando,
Flutuando em pleno ar,
Enquanto a água da fonte,
Não cansa de jorrar.
Então é hora de acordar,
Os sonhos adormecidos,
E neles deitar versos,
Encantados e coloridos,
Na travessia da mente,
Levando paz e harmonia,
Por onde navegar.

Mj, em 12/10/2018.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

IMAGINAÇÃO PRECOCE

12 de outubro, Dia da Criança de ontem, hoje e do amanhã, parabéns! Boa noite, paz e luz!
Coração de criança,
É um reino encantado,
Recheado de esperança,
Alegria e fortaleza,
Como a própria natureza,
Harmonizando a infância.
Além da imaginação precoce,
Ela vê as nuvens dançando,
Num vai e vem maravilhoso,
Sem saírem do lugar.
O céu garboso escurece,
Ampliando o seu olhar,
Enquanto o sol caladinho,
Sentindo o anoitecer,
Brilha cheio de carinho,
Não lhe apetece desaparecer,
Para o novo alvorecer.

Mj, em 12/10/2018.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

PRECE A NOSSA SENHORA APARECIDA

12 de outubro, dia de Nossa Senhora parecida! 
Ouvi, ó Nossa Senhora Aparecida,
Padroeira do amado Brasil,
Rogo a Tua proteção,
Ó Mãe querida,
Cobre com Teu manto sagrado,
E retira o desassossego,
Que neste momento arde,
Como fel queimando o peito,
Do nosso povo varonil!
Mj, em 11/10/2018.

QUERIDA MÃE NATUREZA

Obrigada por seres minha musa inspiradora! Boa tarde a todos.
Querida Mãe Natureza,
Em plena madrugada,
Levanto-me devagarzinho,
E não me faço de rogada
Para falar com carinho
Da tua beleza exuberante.
Tu és minha musa inspiradora,
A dona do meu coração.
Não é em vão que tu tens no rosto,
Dois airosos brilhantes,
Que afagam os amantes
Na suavidade da vida.
O vento pode soprar como açoite,
Mas tuas pétalas são viços constantes,
Florescendo no silêncio da noite.
E por se assim tão amada,
Tu tens a magia das cores do universo
Espalhadas nas flores de carmim,
Plantadas em versos no jardim,
Encantando os amores
Quando as luzes se apagam,
Porque tu és escrita e falada,
Até no raiar do dia,
Vendo o sol no horizonte,
A espalhar harmonia por onde passa
Lapidando o diamante
Como a luz da poesia.

Mj, em 11/10/2018.

sábado, 6 de outubro de 2018

EM NOME DOS VELHOS TEMPOS

Boa noite e ótimo amanhecer de domingo abençoado.
Em nome dos velhos tempos,
Atentes para o grito de alerta
De um coração renitente e apaixonado,
Que fora acordado pelos sentimentos
Rebuscados de pura emoção.
Ele quer sentir o perfume do teu corpo
Espalhado ao vento do lado norte,
Mas com sorte entrelaçado ao dele.
Quer adentrar na juventude precoce
Onde a camiseta cor de rosa brilhava
Como adereço consequente
Num mundo imaginário,
Recheado de amor salutar,
Porque foi lá que ele te encontrou.
Ele quer se perder nos teus braços,
Embalado nos sonhos adormecidos.
Quer ouvir-te pela última vez,
A dizeres baixinho no ouvido,
Se o que viveram juntos,
Não passaram de momentos esquecidos.
E se tiveres coragem de afirmar,
Diz-lhes se o verbo amar,
Fora uma simples ilusão dos sentidos.
Ele pretende sorver teu beijo quente,
Onde as gotículas desse mel
Impregnavam na sua boca
Como a aurora reluzente.
Quer viajar no teu céu estrelado,
E deitar-se na constelação do infinito,
Dando-te os adjetivos mais bonitos
Para aplacarem a fúria dos teus pensamentos,
Desvendando teu segredo com jeitinho,
Levando o carinho que não tiveste.
Porém confessa que tem medo de arriscar,
Para não perder o brilho do teu olhar.
E no afã desse desejo pertinente,
Almeja viver ao teu lado,
Sem pedir nada em troca,
Ao amante enamorado.


Mj, em 06/10/2018.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A VIDA DO NORDESTINO

Pela garra, força e coragem de continuar na luta pela sobrevivência, parabenizo, de coração, o meu povo nordestino! Bom fim de semana.

Bas noite, seu moço, a vida do homi do campo num é lá essas coisa, num sabe, mai eu tava passano pra qui e pra colá, botei as mão nos zóio pra mode inxeigá mio, causo qui pra essas banda o sor tá quente pra daná, e cuma eu tinha lhi prumetido qui ia gravá um vídeo, intão de longe vi uns retrato, num sabe, aí num sabia o qui era aquilo, chamei um muleque, ó minino, vem cá pra mode me dizê se tu cunhece aquela gente, mode qui priciso me prepará pra recebê as visita no arpendre da minha chopana, intonce o meu netim falô qui era tudo dotô formado nas letrinha, e cuma eu num sei lê e nem iscrevê, aí, danou-se, óia eu to arrepindido pra daná de só tê istudado inté parlina mastigô pimenta, e naquele tempo num tinha prefessô de instrução por cá, mai mermo assim eu vim inté vosmicê pra mode agradicê pro causo duma tar de “Imperatris” qui se iscondi lá pros lado das Alagoas, numa cidaderzinha chamada Parmeira dus Indio, falam inté qui ela tamém tá nos retrato, mai eu num cunheço e tenho inté medo de chegá junto dela, pro causo qui ela usa uma tár de muleta, iguarzinho a eu, aí dava pra nois batê um parpo, o sinhô adespois pode mim apresentá pra ela? Ah, i num isqueça, todo domingo eu to isperando o sinhô e essa cambada de minino mai umas minina pra mode nois cumê um sarapaté de pexe, e uma buxada de carangueijo cum farinha seca, e si o sinhô num gostá, eu posso inté fazê um bife do oião ou assá um inspetô de quarterão, e nois come do mermo jeito, cum um bule de café fresco, cuado na horinha, e uma caneca de água do pote pra mode ajudá na digestão. Mai deixa eu contá pro sinhô um causo qui aconteceu cá minha pessoa, abra as oiça pra ouvi, mode qui um certo dia, tava eu sentadinho discansano num banco de praça, aí apariceu um “sarta moita” se dizendo formado e coisa e tár, ele paricia tê uns trinta anos de idade, se num mi ingano, o danado era istudado, com pinta de doutô, tentava me amostrá qui tinha cunhecimento da vida, mai cuma eu num gosto de muito trelelê, arregalei os zóio e dixe:..."Ói, seu Zé, o sinhô pode sê inté dotô, mai eu fui criado na roça limpano mato, amansando cavalo brabo, tirando leite das vaquinhas nos cercados pra mode vendê na cidade, num sabe, e eu num tenho conhecimento de certas coisas, minhas mão tão cheinha de calo, pruquê sou trabaiadô, e cuma é triste chegá a veisse, ispie só, os cabelo vão caino, os zóio incurtando, to inté cum as catarata do Iguaçu, as pernas, coitada, trambicano, cum priguiça de andá, minhas carne tão sumindo, tão aparicendo as vêia, num óio dereito, tá tudo diminuino, crescendo inté as subranceia, as oiça, coitada, não tão boa, pricisa de arguem falá mai arto, minhas zoreia armentando, mai quando era moço, danei-me a passiá, tive muita namorada, o sor tinha um brio ispeciá, adespois o distino me mostrô uma jovem muito bunita, na horinha fiquei apaixonado, casei, meus fios nasceu, tentei educá pra serem mió do qui eu, hoje tou nessa idade, na decadência, agora, se quisé acreditá, o pobrema é seu, mode que a veisse é uma duença, qui dá em tudo qui é cristão, dói as perna, dói os braço, dói os dedo, dói as mão, dói o purmão, dói o ispinhaço e inté o carcasso. Já cunheço a minha condição, já fui minininho e hoje tou veinho, usando cajado nas mão, isperano a sentença chegá, pra mode saí desse lugá...ispi, adespois disso tudin, o homi num quis ouvi mai nada, deu um tiro de carrera, cuma se tivesse um mói de furmiga nas perna! Brigado pru prestá atenção no que inscrevi, viu seu moço, inté mai vê puraí!
Poetisa Mj, em 16/02/2018.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

A LUA ENCANTADA

Nada é para sempre, enganam-se os que pensam o contrário...Boa quinta feira.
Antes do sol se por,
Ele parou um pouco no ar,
A imaginar na solidão que se encontrava,
De repente algo chamou a sua atenção,
Virou-se e fez um leve cumprimento,
Quando a lua apareceu.
O sentimento falou mais forte,
E numa carência danada,
Discretamente ele exclamou:
- Ó lua majestosa,
Como é triste viver sozinho,
Sem o carinho do teu olhar
E nem o aconchego dos teus braços
Para me aquecer do frio!
Ouvindo aquele lamento,
A lua apaixonada e toda prosa, respondeu:
- Meu querido amigo bronzeado,
Acompanho-te suavemente pelo universo,
Nunca saí do teu lado,
Mesmo escrevendo versos,
Sou ofuscada pelos teus raios,
Porque andas ocupado,
Daí o jeito é viver escondida,
Porém não nego,
Que trago guardado na mente,
O teu rosto pintadinho,
Teu cabelo colorido,
Faz enorme alarido
Dentro do meu peito,
E a porta do meu coração
Está aberta para te receber.
Após aquela declaração,
O casal enamorado suspirou,
E embalados na fantasia,
Tiveram um lindo sonho de amor,
E dançaram abraçadinhos
No infinito estrelado,
Ao som da poesia.
Mas o encantamento fora desfeito,
Quando a noite se despediu do dia,
O sol chorou amargamente,
Vendo a lua numa tremenda agonia
Mostrando que nada é para sempre.

Mj, em 03/10/2018.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

JOÃO BAFO DE ONÇA

Boa noite e ótimo descanso a todos.
Vou contar para toda gente
Desse sertão de calmaria,
Que fui criado no interior,
Mas nessa bela cidade,
Faça chuva ou sol ardente,
Tenho mestre como guia,
E no improviso eu sou doutor.
Então afirmo com sinceridade,
Que para escrever um cordel,
Não precisa ser estudado.
Seja noite ou dia,
Com lápis e papel na mão,
Escreve-se engraçado,
Faz-se até uma poesia,
Usando a inspiração.
E a estória que narrarei,
Parece uma geringonça,
No entanto é deprimente.
Virgem, que horror,
Eu não gosto de arruaça,
Sairei de fininho,
Porque lá vem João Bafo de Onça
Andando devagarzinho,
Cambaleando na estrada,
Com seu rastro de cachaça,
E o povo que por ali passa,
Não aguenta a tal “manguaça”,
E a catinga de aguardente,
Pois o bicho bebe com força,
No gargalo da garrafa,
Para curar a dor de dente!

Mj, em 19/06/2016.