terça-feira, 24 de outubro de 2017

SÓ NA MINHA IMAGINAÇÃO


Escrevi este poema em 11/02/2013, e ele é dedicado para todos aqueles que um dia tiveram os seus sonhos desmoronados...Bom dia.
Morte, morte me leva
Me leva sem piedade
Porque pra vida estou morto
Não tenha qualquer bondade
O sonho se espatifou
Como jaca e melancia
Não precisa ser formado
E nem mesmo ser um doutor
A palavra tem mais valor
Do que você e uma gia
Se alguém pudesse ver
Os meus olhos nesse instante
Não veria outro rompante
Só ódio, fogo e carvão
Desprezo doendo o peito e a alma
De um dia ter sido enganado
Por alguém sem coração
Se todo (des)humano tivesse
Cabeça, juízo e noção pensaria
Antes de magoar um grande amor
Todos sabem que é preciso
Ter alguém por perto
Pros nossos sonhos e as tristezas
Que o tempo nos trouxe
Quando acordamos
É mais um ao lado
Pra dar força a esperança hoje
Não precisa ir longe
Reconstrua a paz
Mas de que adianta ter sentimento
Se o grito sai do peito
Explodindo feito um jumento!
A mentira tem pernas curtas
A verdade, sim, permanece
Um dia quem se esconde aparece
Fica com a cara no chão
Mexendo sem ter palavras
De um dia ter magoado
A quem não merecia
Queria apenas um troféu nas mãos
LUTA, diz o guerreiro
MARCHA, segue sem tino
ESPADA EMPUNHADA, AVANTE!
Mas falando não é nada
Cala e não tem coragem
Esta, sim, deixa uma margem
Nas mãos do seu companheiro
Saudades eu tenho, não nego
Com toda sua grandeza
Só na minha imaginação
De ouvir tanto palavreado
E de um dia ter sido enganado
Por alguém sem coração
Vem perguntas sem respostas
Cobrança, raiva, desespero, aflição
Uma overdose de humilhação
Amigo, veja o que digo na tua frente
Guardes bem contigo esta semente
Hoje lhe deixo trancafiado
E a estrada é sombria
Cansado de ouvir tanta hipocrisia
Tudo isso me deixa arrepiado
Mas se um dia fui humilhado
Pagarás sem perdão
O céu amanheceu triste
Calado e sem luz
A noite chegou ligeiro
Sombria no meu sertão brasileiro
Porque um dia fui enganado
Por alguém sem coração.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 24/10/2017
Cadeira: 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

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