quarta-feira, 14 de novembro de 2018

ALTERAÇÕES SEM SENTIDO

Tudo nesta vida é transitório...até o ar que respiramos. Paz e luz, boa noite.
O último raio de sol se despede
Num adeus apressado
Para o repouso salutar,
Enquanto a noite chega serenamente,
Regida pela flauta mágica
Da constelação estelar.
E ao abrir a janela,
Deparo-me com o brilho da lua
No céu reluzente,
Num louco e apaixonado desejo
De seduzir os enamorados,
Através do seu bailado comovedor,
Chamando a atenção de quem passa,
E o rouco gemido do vento,
No peito entristecido da estrada,
Clama por teu amor.
Penetrando fundo e navegando,
Viajei rumo aos sonhos,
Buscando a ternura do teu olhar
Como aureola cintilante,
Na pureza do universo,
Inebriante como a própria natureza.
E nessa constante agonia,
Gritei teu nome,
Mas não ouviste o chamado,
Pois estavas acostumado
A ter aos teus pés solidários,
Um milhão de vozes unidas,
E refletidas no eco ensurdecedor
Que o tempo deixara no ar.
Parei no templo do silêncio,
Guardei-me através da colcha de retalho,
Incomodado com a tua ausência,
Observando de mansinho,
O voo rasante da borboleta,
No abalo desenfreado das emoções,
Deixando as marcas no caminho,
Por causa das alterações sem sentido,
Restando a fantasia,
E solidão do abandono
De quem tanto amou com carinho,
E por carinho se entregou
Ao companheiro de jornada,
Sem pedir nada em troca.

Mj, em 14/11/2018.

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