domingo, 8 de abril de 2018

RETALHOS

No doce abandono das palavras
Pronunciadas de forma eminente
Na suavidade das rosas espinhosas
Embora acordado e morto
Tentas apontar nos resquícios do passado
Os memoriais de outros tempos, porém,
Se colocares tudo na panela, verás,
Momentos que fazem parte do tempo
E esse mesmo tempo tem outro tempo
Dos momentos que gostarias de teres vivido
Sem saberes quem é mais louco.
Mas foi de um jeito torto, que,
Aprendeste a conviver com ela, todavia,
O vento traiçoeiro os levou para longe
E hoje se encontram guardados
Na poeira de um tempo sombrio, talvez,
Na valeta do pranto chorado com amargura, mas,
Que tortura torturada é essa, pois,
Dei-te como guia a lua e as estrelas
Quando o sol se recolhesse para repousar
E assim esquecerias de vez
As ardentes travessuras do mausoléu sem fim
Sem teres tempo para respirar
Sendo a tua companhia e a minha também
A alegria dos versos sem rótulos
Que aproveitamos todo dia com presteza.

Mj, em 07/04/2018.

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