sexta-feira, 6 de abril de 2018

QUANTAS VEZES, MINHAS FLORES.

Tantas vezes anotei no caderninho
Dia após dia sem parar
As visitas feitas no jardim
O diálogo mantido com as flores
E elas olhavam para mim
Cheias de carinho
Exalando seus odores.
Quantas vezes elas viram as lágrimas
Derramadas neste cansado rosto
E sem dizerem nada
Acariciavam meu olhar
Com minutos de sabedoria valiosa
Porque sabiam dos meus desgostos.
Tantas vezes procurei nas cores
O significado para as dores sentidas
E lá estava um botão amarelado
Na tenda da poesia
Desabrochando para me alegrar.
Foi assim que me fizeram entender
O alcance da plena felicidade
E para ter a alma serena
Precisei viajar na nave espacial
Sofrer e jamais desistir de lutar
Porque a vida é exímia professora.

Mj, em 26/04/2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário