domingo, 14 de maio de 2017

NAS SEARAS DO TEMPO


Este poema de minha autoria, encontra-se inserido no livro Antologia Virtual da Essência Poética Volume I, Sarau Poético Mãe.
Mãe, dizem por aí que,
Jardim bem cultivado
Na sua originalidade
É pomar adocicado.
Mas a dor que dói a alma
E a tristeza que aflora
São mais fortes que eu.
E na verdade,
Essa rebelião do espírito
Dá uma enorme geometria
Porque atravessei desertos
Nas searas do tempo.
Caminhei solitário e sozinho
Jogado ao vento.
Amarguei as consequências
Sem te ter por perto
Para me aconchegar nos teus braços
E nem os pássaros me fizeram companhia.
Cheguei a pisar em profundos espinhos
Sangrei até a última gota do orvalho da manhã
E sem ter noção para onde retornar
Perdi-me no silêncio da noite.
Porém confesso de coração
Que se pudesse modificar o destino
E dez vidas eu tivesse
Dez vidas eu te daria
Em retribuição a vida que me deste.

Poetisa Mj, em 14/05/2017

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