Saudade, onde estás que não te vejo!
No sótão envelhecidoNo primeiro pavimento
Um espelho bem vivido
Forrado com madeira da cidade
Que guarnecia aquela habitação
Fora guardado com sentimento
E esquecido pelo tempo.
Estava todo quebrado
Mas ficou a armação
Ornamentada de flores
Lamentando a saudade ausente
Dos tempos idos
Pois um temporal inconveniente
Num momento de feitiço
Deixou alguém despedaçado
Com o coração encharcado
Do orvalho da manhã.
Daí o silêncio se fez presente
Porque a noite é um templo sagrado
Onde se revela segredos
Antes nunca desvendados
Os quais explodem na escuridão
Dos sentidos pensamentos.
Poetisa Mj, em 05/05/2017
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