quinta-feira, 10 de maio de 2018

AMOR DE MÃE É LIBERTADOR

Bens materiais não tem valor, e a felicidade é passageira! Bom dia.
- Sua benção, minha mãe!
- Deus lhe abençoe, meu filho! Para onde você vai, meu tesouro, nessa sangria descabida? Perguntou a mãe aflita.
- Minha mãezinha querida, diz o filho depressa, humildemente, perdão eu lhe peço por lhe deixar sozinha no torrão batido do nosso amado sertão, mas preciso viajar e percorrer esse mundão que Deus criou, quero trabalhar e ganhar dinheiro para um dia poder lhe ajudar.
- Ora, se é desse jeito, meu filho, responde a mãe com carinho, fazendo o sinal da cruz, eu não tenho o direito de lhe prender, reconheço que suas asas cresceram e você precisa voar pelos ares, ser gente e conhecer outros lugares, e não se preocupe comigo porque aqui ficarei orando para você se ajeitar na vida, então vai com Deus e paz na guia, que Nosso Senhor Jesus Cristo seja para sempre a sua companhia, e que o manto da virgem Maria sirva-lhe de cobertor para aquecer seu corpo do frio. O menino saiu muito contente, saltando no mato, livre, leve e solto, carregando no peito a estrela do oriente para fazer a sua primeira viagem, perambulou na estrada igual um lebre, partiu levando nas costas um saco, e o cadeado usado era um nó. No caminho encontrou percalço, dormiu no relento, mesmo assim, enfrentou o que viu pela frente e seguiu o rumo do vento, deixando para trás quem amava, chorando que dava dó ao ver seu filho partir. No decorrer dos anos e sem receber notícias do filho querido e amado, sua mãe foi definhando de desgosto, até perecer na mais pura inocência, sozinha e abandonada numa casa de farinha, mas, ali havia muitas cartas, pois, todos os meses o filho escrevia e tinha a obrigação de enviar para ela, cem contos de réis, porém, sua mãe não respondia, porque não sabia ler, e também nunca desconfiou que aquele amontoado de papéis, seriam as cartas do filho, então, nunca abriu nenhuma delas para ver do que se tratava, e por perto, não havia ninguém que pudesse orientar-lhe, daí ela tratou de guardar tudo dentro de uma latinha lá no fundo do velho baú. Após o primeiro dia daquela separação, vinte anos se passaram numa agonia profunda, e sem receber notícias daquela que lhe gerou, mas quando o coração apertou, a dor da saudade falou mais alto, o filho ligeiro retornou a toda velocidade, e no limite da emoção para reencontrar sua mãe que deixara outrora sozinha e sem trocado, por outro lado, ela sofrera um bocado para deixa-lo uma beleza, e quando retornou, quis fazer-lhe uma surpresa, entretanto, ele é quem ficou apavorado com o que viu, porque o dinheiro que lhe mandava, dava para suprir as necessidades da mãe que tanto amava, no entanto, ao retornar à terra querida, sua mãe permaneceu alheia, desgrenhada, estava velhinha e escondida numa casinha de palha e atormentada pela ausência sofrida, e não reconheceu o fruto da sua vida. O filho ao ver aquela cena ficou com o coração dilacerado de dor, caiu por terra, e aos prantos, gritou no terreiro,
- Valha-me Deus, o que eu fiz, de que valeu ganhar tanto dinheiro, ter mansão, carro com chofer, e tudo de graça se eu deixei minha mãezinha sozinha e sem ninguém para cuidar dela, numa penúria desgraçada!
De um conto se faz um conto, e aqui termino esse pronto para que todos saibam e compreendam que bens materiais não tem valor, e a felicidade é passageira porque o mais importante na vida é ter saúde a vontade, amizade, união, harmonia, paz, felicidade e muito amor por seus pais.

Mj, em 02/01/2017.

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