domingo, 12 de novembro de 2017

DEUSA SOLITÁRIA

Sonhe, acredite, voe alto e observe o universo cheio de cores! Bom dia e boa semana para todos.
Se alguém pudesse ver
E entender o que sente o coração
Daquela deusa solitária
Ela leva a alma entristecida
Ouve a voz do silêncio
Escondida pelo roto sorriso
Estampado no rosto
Porém muito bem refletido
No espalho envelhecido
E enigmático na distância
Percorrida pelo tempo
Ela quer compor em verso
O luar clareando a rua
Ter um abraço confortante
Nos encantos do universo
Quer abrir a janela
Sentir os raios do sol
E rajadas do vento suave
Passar ao seu redor
Quer ver a natureza
Mostrando ao mundo
A sua exuberante beleza
Quer contar as estrela no céu
E dormir ao relento
Tendo como cobertor
O véu das folhas secas
Forrando o frio chão
Quer falar com as flores
E sentir a grandeza dos pássaros
Voando alto no infinito
Mas diante da verdade
Secretamente sai caminhando
E conversando sozinha
Então nessa nascente
Morre contente porque viveu
Para sentir a onda do mar
Chegar rente à cidade onde nasceu
E ali cresceu como gente
Apesar da dor e da solidão
Do enfim sós
Entre o “eu” e o “eu” dela
Que jamais entenderá
As enigmáticas razões do desconhecido.

Acadêmica Maria José da Conceição (Mj), em 29/10/2017
Cadeira 24
Patrono: Luíz Vaz de Camões.

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