quarta-feira, 30 de agosto de 2017

LAR DOCE LAR

Vai e voa livre como o vento...
Flechado pelo amor
Alguém na multidão
Lia frases de carinho
Porém esse passou ao lado
E acenou discretamente
Num discurso acabrunhado
Lá se vai simplesmente
Quem um dia sorriu contente
De qualquer coisa banal
Quem um dia filosofou
Sem ser pedra ornamental
Quem um dia acreditou
No simples sonho dourado
Mas sentindo-se amargurado
Saiu de barco em barco a remar
Gritando um nome aparente
Do querer distante
Por toda costa do mar
Regressou com segurança
Aportando a revelia
Viu que tudo não passava
De uma enorme fantasia
E no caminho a procurar
Foi embora como chegou
Era então domingo
Naquele lar doce lar
O inverno não terminou
Mas dizem que já brotou
A rosa do outono
Sem chegar a primavera.

Poetisa Mj, em 30/08/2017.

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