quinta-feira, 25 de abril de 2019

ENCONTRO MARCADO

Valendo-se do galho ao relento,
Ouviu a voz do coração a palpitar
Na lentidão do tempo.
Lembrava-se do expressivo olhar
Ao soltar o largo sorriso amarelo
Pela alegria do cantar do rouxinol,
No abanar das folhas nas árvores
Através do vento soprando forte.
Era o grito da esperança
Nas flores que nasciam viçosas
Tomando conta do cercado.
Em cada canto visitado,
Achava aquilo tão belo
Que se perdia de encanto
Pelo clima do interior,
Matando enorme saudade
Da criança que ali morou
Apreciando a natureza viva do sertão
Num sonhar inacabado da meninice.
Desculpou-se pela idiotice
De reviver o passado distante,
Retirou-se pela tangente
Num encontro marcado com o presente.

Mj, em 25/04/2019.

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