sexta-feira, 26 de abril de 2019

PORTA FECHADA

Por fim, quando partires, quem sentirá saudade de quem?
Porta escancarada,
Desmascarada em demasia,
Coloca a culpa no vento
Na agonia patente de repousar
Entre o pequeno espaço,
Foge escorregadia
No tempo que ela queria.
Fecha-se abruptamente por dentro,
Sem nenhum motivo aparente,
Formando um enorme vazio
Crescendo nas profundezas do infinito,
Dando vazão à mente.
Somente a porta amarela,
Não tem trava e nem tramela,
Mas num significado decente,
Comunicando a chegada da noite,
Avizinhando-se ao dia,
Com a máxima cautela,
De que nada é para sempre
Na vida daquela danada
Inchada pela maresia,
Até levar uma martelada
Deixando-a desalinhada
Para largar de ser besta!

Mj, em 23/04/2019.

Nenhum comentário:

Postar um comentário