segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

FAMA DE BOIADEIRO

Do sul ao norte
Por este Brasil a fora
Onde a natureza impera
Faça chuva ou sol ardente
No campo ou na cidade
O boiadeiro afamado
Com cavalo bom de espora
No berrante é doutor
Serve dois dedos de prosa
Pra encantar o seu dia
E passar a conhecer
A situação do gado
Que vai levar adiante
Pra fazenda do patrão
São três meses por terra
Duas horas de avião
No navio ninguém conta
Leva tempo de montão
Dorme ao relento
Até chegar ao destino
Tendo a estrela como guia
Aprendeu a conhecer
Pois seu pai lhe ensinou a lição
Profissão transmitida por seu avô
Embora sujo e cansado
Sua mulher o recebe com carinho
Com pedaço de rapadura
Caneco de água na mão
Pra esquecer as amarguras
De tanta insolação
E pelo sim, pelo não
Sai contando os meninos
Pra ver se são os mesmos
Que levou no coração
Antes da sua partida.


Escritora Mj, em 23/01/2017

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