Assim como as estações tem o seu tempo
Utilizarei o meu tempo para recordar
Os bons momentos vividos outrora
Do tempo que o telefone tocava
E as palavras chegavam livremente
Porém a distância se encarregou
Da separação repentina pelo mundo
Então sigo chorando os meus ais
Do ocaso passageiro que não mais retornará
E falar a verdade é preciso
Ainda nutro sentimentos profundos
Igual a um emaranhado de fios soltos
Os quais não acabarão facilmente
Pois os levarei na minha mente até a eternidade
Mas se houver neve ou geada
Mesmo assim utilizarei a vida
Tal qual a sorte do frágil menino
Que com sua voz eloquente
Sem atingir a tranquilidade
Deixou partido o coração pequenino
Como um fado cantado triste
Sem alegria dos sonhos desfeitos
Enquanto espreitava o por do sol
Na sacada da janela.
(Escritora Mj, em 10/12/2016)
Nenhum comentário:
Postar um comentário