sexta-feira, 11 de novembro de 2016

DESFALECER NO MAR DA PAIXÃO

Por dentro eu quis ver de pertinho, mas a vida é uma caixinha de surpresa, o estrago fez-se presente, então calei minha voz para sempre e ela já não canta mais como outrora, pois no meu melancólico mundinho dói imensamente o medo de perder-te e isso vem tomando conta de todo meu ser, agora vivo como folha seca ao vento, quebrando-me em pedacinhos e virando pó bem devagarzinho juntando-me ao esterco da terra, muito embora ao apagar das luzes lembro-me muito bem que na relva do meu corpo onde teu corpo deitou tantas vezes faiscaram labaredas do fogo aceso, e hoje, escondo-me nas cinzas do apagado amor esperando quem sabe, novas brasas ascenderem para desfalecer em teus braços no mar repentino da paixão, porém chegando ao fim da montanha, eu vi o forte abraço dado ao redor do mar, foram dias e noites sem parar grudados um no outro por medo de se perderem no mausoléu do tempo, então vejo que a solidão quer se apoderar devagar outra vez dentro de mim, aí vem com toda força as lembranças de ti que quando me tocas na alma enlouqueço dos desejos mais profundos e sublimes, sinto tua presença, o teu cheiro e o teu carinho porém o preço a pagar é alto, mas saibas que podes estar a quilômetros de distância e jamais ficarás longe da minha mente porque os meus sentimentos continuam vivos.
(Escritora Mj, em 11/11/2016)

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