segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

CALA-TE!

Que os reais sonhos jamais percam os sentidos, e nem tão pouco sejam esquecidos!
Num lá, lá, ri madrugador,
De arrepiar os cabelos
Emociona ouvir o cantar da cotovia
Vendo o despertar da natureza
Num avante versejar
Recheado de alegria.
Enquanto as sentidas lágrimas
Anuviam pranteando a redondeza
Ouço o revoar dos passarinhos
Os quais saem dos seus ninhos
Cheios de eterno encanto no céu
Alçando o voo da liberdade
Para beijar o azul do infinito.
Mas vejo o escapar da vida
Por entre a folhagem deserta
E o meu grito ecoando ao léu
Cortando a garganta e o peito
Num soluçar constante
Porque não estás aqui
Quando preciso de um abraço
Para acreditar no amanhã
Que virá por certo.
Deste-me como resposta
O triste silêncio da certeza
E deixaste calar a voz
Do puro sentimento
Guardado no pensamento.
Então falo ao vento
O qual passa sem ser visto
Mas é sentido na pele da pessoa
Para no momento e ouve sem cessar
O lamento deste pobre coração
Perambulando na estrada deserta
Rogando que os reais sonhos esperados
Jamais percam os sentidos
Nem tão pouco eles sejam esquecidos
E nos olhos de quem está à espera
Não fiquem entristecidos.
Que haja tempo no progresso
Refletido no passado distante.
Anjo amigo eu te faço esse apelo
Não faz essa desfeita comigo
Pois à hora derradeira não chegou
Ainda dá tempo de galgar mais um degrau
Nos campos verdes da esperança.

Poetisa Mj, em 04/02/2018.

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