quarta-feira, 15 de março de 2017

O AMOR E O CORAÇÃO

Um dia, passeando sozinho nos jardins da fragilidade, o amor arrependido bate na porta do coração e pergunta,
- Posso entrar?
- Quem é você?
- Eu sou o amor, responde, por favor, diz que sim!
- Aqui você não pode entrar, respondeu o coração desconfiado, estou ferido por dentro e por fora, e por sua causa eu sofri uma grande desilusão, então resolvi fechar-me a sete chaves.
- Não faz isso, coração, você me conhece, sou eu, o amor, abre a porta sem medo, estou arrependido dos meus atos, porque sou um sentimento abstrato, profundo e difícil de explicar, tenho morada própria, sei que ninguém pode me ver, entretanto existo dentro de cada ser, e talvez eu comece com uma amizade, um aperto de mão, ou num simples olhar, porém sei que sou sublime e preciso ser conquistado um dia após o outro, vamos, procura-me e você irá me encontrar. Então, diante desse impasse e de tantos argumentos, o coração ferido abriu a porta devagar, e deixou mais uma vez o amor entrar e eles se abraçaram numa explosão de sentimentos, fazendo promessas que só o tempo será capaz de entender.


Escritora Mj...15/03/2017

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