quarta-feira, 1 de abril de 2020

ENCHENTE

Senhor, obrigada por mais uma oportunidade, pois há um novo recomeço em cada amanhecer, e para você que ler os meus escritos, #FIQUEEMCASA, aconteça o que acontecer! Um abraço da Mj.
Cultivando o canteiro,
O obreiro da poesia,
Retira palavras da mente,
Para escrever todo dia.
De repente, o céu escurece,
É visível a formação de chuva
Aos olhos da humanidade,
Em glamorosa alegria para a lavoura.
As nuvens carregadas,
Revestem os morros e serras,
De neblina orvalhada,
Deixando a visão obscura,
Com sua nebulosidade.
Cai enorme aguaceiro,
Escorregando na ladeira,
Ouve-se o ruído ensurdecedor,
Calculando a direção certeira,
Enchendo depressa o rio e a cidade,
Numa força descomunal.
Imensa é a sua correnteza,
Parece que ela tem braços de nadador,
Longas pernas de corredor,
Garganta afinada, de cantor,
A entoar hinos ao Engenheiro do universo,
Homenageando a mãe natureza.
Então, quando ela desce,
Abrem-se as comportas,
Clamor em plena madrugada,
Não há paredão que resista
A enchente silenciosa,
Devastando o que vê pela frente.
Centenas de famílias desabrigadas,
Numa sentida tristeza,
Carece ser forte todo tempo,
Ter sentimento no coração,
Para observar os moradores da região,
Tentando salvar suas vidas,
Buscando um novo recomeço...
Do nada,
Até a próxima estação.

Mj, em 31/03/2020.

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