sábado, 11 de maio de 2019

COPO VAZIO

Juntando pedaços daqui e dali,
Tenta escrever palavras não ouvidas,
Esquecidas e jogadas ao relento
Sem serem vividas em tempo.
Não poetiza palavras
Nem faz sonetos de amor
Escreve o que vem na mente
Porque a felicidade persiste
No coração inerte
Quando os olhos enxergam
Uma pequena fresta sob a luz do luar
Ao regressar do marasmo sentido
Enquanto o choro faz-se presente
Através do espelho partido.
O templo da auréola solar
Lembrava o beijo roubado
Umedecido de desejo
E guardado para sempre na memória
De um simples copo vazio.
Mas se um faz parte do outro
Completa-se o nada embevecido
Do tudo que nos tornamos,
Sem nada vivenciarmos.

Mj, em 10/05/2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário