sexta-feira, 26 de outubro de 2018

POTINHO DE FULÔ

Nada passa despercebido, pois porta tem olho e parede tem ouvido...bom fim de semana.
Nascido no sertão,
Residente no nordeste,
Filho de “cabra da peste”,
Com grande satisfação,
Viu o chão amarelado,
Sem germinar a semente,
Por causa do sol ardente,
Atravessou enorme ponte,
E vai buscar água da fonte,
Pra aguar a plantação,
Pois ao lado da casinha,
Construída no roçado,
Havia um pequeno jardim,
E nele fora plantado,
Um bonito roseiral,
Espalhando seu aroma,
Da porteira até o quintal,
De um cachinho de fulô,
Que pra ele olhou murchinho,
E despencando do jardim,
Correu atrás do seu amor.
O cachinho de fulô,
Apaixonado pelo jasmim,
Não passou despercebido,
Fincou os olhos no escurinho,
Observando com jeitinho,
Os ouvidos do matinho,
Balançando no infinito,
Então o trouxe para o jardim,
Amenizando a forte dor,
Do seu nobre coração,
E do seu velho desgosto,
Ele fez um carnaval.

Mj, em 26/10/2018.

Um comentário:

  1. Boa tarde querida amiga e poetisa, este nosso rico e esquecido sertão quantas tristezas espalhadas por seu chão, gostei parabéns bjo.

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