quarta-feira, 3 de outubro de 2018

JOÃO BAFO DE ONÇA

Boa noite e ótimo descanso a todos.
Vou contar para toda gente
Desse sertão de calmaria,
Que fui criado no interior,
Mas nessa bela cidade,
Faça chuva ou sol ardente,
Tenho mestre como guia,
E no improviso eu sou doutor.
Então afirmo com sinceridade,
Que para escrever um cordel,
Não precisa ser estudado.
Seja noite ou dia,
Com lápis e papel na mão,
Escreve-se engraçado,
Faz-se até uma poesia,
Usando a inspiração.
E a estória que narrarei,
Parece uma geringonça,
No entanto é deprimente.
Virgem, que horror,
Eu não gosto de arruaça,
Sairei de fininho,
Porque lá vem João Bafo de Onça
Andando devagarzinho,
Cambaleando na estrada,
Com seu rastro de cachaça,
E o povo que por ali passa,
Não aguenta a tal “manguaça”,
E a catinga de aguardente,
Pois o bicho bebe com força,
No gargalo da garrafa,
Para curar a dor de dente!

Mj, em 19/06/2016.

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